segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Aula de Morfologia 2 - Verbos

Recapitulando Morfologia

O que é um morfema?

Morfema é uma unidade mínima na dinâmica dos significados das palavras. Dentro deste conceito, podemos depreender duas espécies de morfemas: 1) aqueles que têm autonomia semântica, os morfemas lexicais, por exemplo: rua, sal; e 2) aqueles que não têm dada autonomia semântica, os morfemas gramaticais, tais como: -s (formador de plural em substantivos), -inho (formador de diminutivo em adjetivos e substantivos), -ndo (marca de gerúndio nos verbos) e assim por diante. Nota-se daqueles primeiros que funcionam sozinhos, ou seja, têm uma autonomia enquanto palavras, têm significados reconhecíveis pelos falantes, por isso damo-lhes o nome de morfema livre, enquanto que os do segundo tipo não têm essa autonomia, ou seja, não funcionam sozinhos como palavras independentes, não são reconhecíveis como palavras pelos falantes, neste caso chamam-se morfemas presos ou formas presas.
Ainda, podemos depreender dos morfemas duas partes constitutivas: 1) o radical, ou que chamávamos de morfemas lexicais e 2) as desinências ou morfemas gramaticais. De modo que para formar as palavras, os radicais devem se combinar com suas devidas desinências.

Formação de Palavras

As palavras podem ser formadas, a partir das suas primitivas, de duas maneiras: a) por derivação e b) por composição.
Por derivação entenda-se a formação da palavra através das suas desinências. Primeiramente uma palavra pode ser formada por derivação afixal (prefixal ou sufixal). Por prefixação podemos tomar como exemplo: inculto, onde à palavra primitiva (culto) é adicionado o prefixo latino “in-”, acarretando assim um outro significado à palavra original. Por sufixação podemos dar como exemplo os advérbios provindos de adjetivos, tal como violentamente. Ora, é acrescentando o sufixo “-mente” que, além da mudança de sentido, aqui também acarreta uma alteração da classe de palavra (adjetivo para advérbio). Há também casos em que ambos afixos são acrescentados, é o caso de inutilidade. No entanto, há casos em que é obrigatório a inclusão concomitante de ambos os afixos. É o caso do verbo anoitecer. Neste caso, sabemos que não existem palavras tais como *noitecer e nem *anoite. A essa derivação dá-se o nome de parassintética.
Por outo lado, a formação por composição se dá a partir de dois radicais. É o que ocorre, por exemplo, com substantivos compostos: guarda-roupa, pé-de-moleque, onde não temos aí duas palavras, mas antes uma mesma palavra que apresenta mais de um radical. Os principais tipos de formação por composição são: a) justaposição: onde não há alteração em nenhum dos radicais (mandachuva, passatempo) e; b) por aglutinação, onde na dada união, ao menos um dos radicais sofre alteração fonética (aguardente, planalto).

Estrutura das Palavras – O Verbo

Os morfemas flexionais ou desinências servem para indicar: a) gênero: o número dos substantivos, dos adjetivos e de alguns pronomes, os chamados pronomes substantivos; b) o número e a pessoa dos verbos. Assim, tomando um verbo tal como parávamos, podemos dele separar os morfemas da seguinte maneira: o morfema lexical, ou radical: “par-”; a vogal temática (que aquela parte da palavra que cai para formar uma palavra nova): “-á-”; o morfema gramatical ou desinência que marca nos verbos, concomitantemente o modo e o tempo “-va-”; e finalmente outro morfema gramatical, a desinência que “-mos” que marca nos verbos número e pessoa. Para maiores esclarecimentos, consulte a tabela das desinências verbais disponibilizada para download aqui no blog.

Um comentário:

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